É guerra? Então ta!
É guerra? Então ta, me deixa colocar minha roupinha!
Assim brincava um grande amigo, sempre que o clima estava tenso ele saía com essa exclamação, dizendo que tinha uma roupa que lhe dava poderes, tipo de super-herói e com ela poderia brigar melhor!
Com essa declaração, é claro que ninguém conseguia mais ficar tenso e logo ríamos, resolvíamos as coisas e saíamos para comer algo.
Talvez a declaração do meu amigo canela (assim era seu apelido), talvez não passasse de um humor barato e despretensioso, mas o fato é que em meio a escuridão que pairava em nosso meio, ela era a única coisa que mostrava um foco de luz.
Muitas vezes estávamos discutindo por motivos risórios e aquela pitada de humor nos trazia de volta ao ponto certo.
Hoje se pararmos para pensar, veremos que os motivos das guerras são bem parecidos com pequenas discurçoes entre amigos, motivos esses que são baseados na busca dos próprios interesses, quantas vezes entre amigos não discutimos apenas para saber onde vamos comer?
São motivos risórios e infundados que levam a morte de milhares de inocentes, fico a me perguntar: onde estão os “canelas” das nações, dos governos, das escolas, das baladas, das casas? Onde estão aqueles que derretem o gelo, aquecendo os corações, que anulam sua opinião em favor do outro, que prefere fazer a vontade de alguém em vez da sua?
Parece que a corrida maior é aquela que busca a satisfação própria, como se os pés humanos fossem capaz de chegar ao fim da estrada da cobiça, cada um tem sua opinião forte, forte o bastante para enfraquecer o mundo, as instituições, as leis, a moral e os costumes.
Se tivéssemos a oportunidade de nos sentarmos numa cadeira presidencial e decidir entre nossos interesses políticos e os do povo, o que faríamos?
O que você faz quando está entre a obediência a seus pais e uma farra com os amigos?
Entre a fidelidade a sua esposa e a funcionaria que te “dá mole”, entre a honestidade e a chance de arrumar “um por fora”, entre ir à escola e matar aula, entre acatar a decisão calado e falar mal por trás?
Entre a ofensiva e a paz, o erro e o acerto, entre o sucesso eo fracasso, entre ganhar e perder está seu coração, como você olhará o cara do espelho amanhã se tomar esta ou aquela decisão?
Seu exercito deve fazer com que caminhe no campo de suas emoções sem que haja uma mina, sem que haja um lança míssel pronto para disparar nas costas de alguém, promova a paz no território emocional, no seu lar, no seu colégio, no seu trabalho, na sua roda de amigos, na sua faculdade e saiba que uma gota de paz e amor foi lançada na fogueira egoísta que arde no mundo!
Luciano Pierre dos Santos
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
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