Sim ou Não
Eu me lembro que, quando eu era mais jovem, bem adolescente ainda, e um amigo ou eu mesmo ficávamos a fim de uma colega de classe, começávamos aquela paquera de longe, um sorriso aqui, uma olhada ali; às vezes os mais ousados até arriscavam pedir uma caneta ou um caderno emprestado. Na Maioria dos casos, a paquera terminava com um bilhetinho assim “Gosto de você, você gosta de mim?” sim não.
Hoje nós jovens continuamos a viver com uma e outra resposta. E durante a vida respondemos afirmativa ou negativamente a várias questões. É certo que tais questões são bem mais complexas do que o ficar ou não com alguém da sala. São, às vezes, questões que decidem toda uma vida. Por falta de uma negativa lá atrás, algumas pessoas morrem hoje, e por falta de uma afirmativa outras são eternamente frustradas.
Temos muitas oportunidades para exercitar uma ou outra resposta numa churrascaria, por exemplo. Você pode colocar o sinal verde, que representa “sim, eu quero mais carne”, ou o vermelho, que representa o “não, estou satisfeito”. No trânsito, você pode dizer “sim, vou parar no sinal” ou “não, vou avançar”. Nas comunidades, dia após dia, os jovens têm tido a oportunidade de optar por entrar para o tráfico ou trabalhar e estudar. Dizer sim ou não é muito fácil e talvez pressionado pelo ambiente externo, dizemos um ou outro sem pensarmos no que implicará nossa decisão mais tarde. Hoje me parece que todos os veículos de comunicação pregam o “sim, você pode pegar todo mundo, você pode beber todas (com moderação), você pode ser fortão ou saradona, você pode isso, você pode aquilo”. Mas por trás disso tudo está a sua vida, e não há filmes, programas, novelas ou comerciais dizendo: “você não pode pegar AIDS, ser pai ou mãe tão cedo, ter cirrose, acabar com o seu fígado, pulmão, ser preso ou morto, você não pode isso, não pode aquilo...”.
Você pode escolher uma ou outra resposta. O que você não pode é apenas dizer o que os amigos do trabalho, da faculdade, do colégio ou do baile querem ouvir. Há tempo pára todas as coisas, há tempo para o sim e tempo para o não. Este último pode até parecer duro de se dar, mas dado na hora certa é capaz de salvar uma vida. Pense na sua resposta antes de dá-la, pois é para sua vida e o seu futuro que você estará dizendo sim ou não!
Luciano Pierre dos Santos
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
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