Grande Rio, Grande Brasil...!
Existe uma propaganda que termina dizendo: “Sou Brasileiro e não desisto nunca”, acho perfeita esta afirmativa, pois deveríamos escrever esta frase no nosso armário, no espelho, no adesivo do carro, no peito.
Ainda somos sim o povo mais feliz do mundo e com certeza teremos força para superar a violência, a corrupção, a desigualdade, o descaso, os “poderosos”!
Na semana do carnaval, estive dentro de um ensaio técnico de uma escola do grupo especial e por mais que se critique o carnaval ou que se saiba que muitas coisas erradas acontecem nestes dias, podemos tirar algumas lições dele.
Ali fica claro que somos capazes de levar dez, dez como nação, dez como líderes, dez como pais, dez como filhos, dez como filhos deste solo, solo tão banhado de sangue, porém tudo que se planta dá. Não seria a hora de banhá-lo de suor, pra ver se dá mais trabalho, mais amor, mais igualdade, mais berços esplendidos ao invés de caixões?
Na quadra algumas coisas ficam muito claro, e bom seria se todos pudessem viver esta experiência, livre de todo preconceito ou gosto musical.
Ali o respeito, a ordem, o compromisso, a pontualidade, a responsabilidade, a igualdade, são muito claros.
De fato todos se misturam naquele lugar, vemos pessoas mais favorecidas, circulando no meio de outras muito menos favorecidas, coisas simples como um churrasquinho, se mistura com câmeras talvez nem vendidas no país, pessoas que nem se quer falam o português, juntas com pessoas que se quer falam bem o português e como sempre, famosos juntos com anônimos, estacionando seus carros que mais parecem espaçonaves, num chão de terra batida, do lado de dentro de um portão velho, tendo como maior incomodo um simples pedido de foto!
Fico a pensar como seria se fossemos organizado como no samba, se a verba liberada para uma coisa, fosse de fato investida naquilo, se respeitássemos a ordem, o horário, os passos. Seria maravilhoso se entrássemos na hora certa e saíssemos na hora certa para dar espaço ao próximo, se as luzes, o foco estivesse sempre na coletividade e não apenas em um indivíduo!
Seria maravilhoso!
Alan passos, ex BBB, declarou: “mesmo sendo de BH, aprecio o samba e morando no Rio sempre venho, mas o que vejo é um povo vibrante, com o coração pulsando no rítimo da bateria e acrescentou: “sei que podem ocorrer erros aqui, mas precisamos tomar medidas como as que são tomadas aqui, pois se o carnavalesco fala que vai estar pronto na avenida ou que alguém não vai desfilar, isto é cumprido”. É muita conversa e pouco se faz, basta acontecer um crime bárbaro, que ao invés de se tomar medidas, cria-se discussão sobre a lei, porque não se votam elas antes, antes que aconteça, antes que os políticos viagem pro carnaval?
Alan fala isto como quem já viveu esta situação, pois foi assaltado e acabou ficando a pé!
Alguém disse uma vez que bons exemplos são raros e é uma grande verdade, pois talvez o que o povo precisa é de um líder, desde os tempos antigos o povo vem clamando por isto, pois a relatos de história antiga em que o povo exclamava; ”queremos um rei”, e posso afirmar que este clamor ecoa até hoje, precisamos de um homem que nos salve um puxador aquele que vai a frente, o que conduz e se pararmos mais uma vez para analisar o samba, veremos que o puxador nunca está sozinho, bom exemplo para nossos lideres, pois quando o puxador perde a voz ou sente que vai ficar rouco ele deixa que os outros conduzam, ele trabalha em conjunto, a bateria dá o ritmo, há o cavaquinista para manter a harmonia, a rainha de bateria para o glamour, os mestres de alas para organizá-las, mostrando mais uma vez que é preciso dividir responsabilidades!
Talvez acreditamos em um homem que se mostrava com este potencial, porém uma vez no poder, resolveu viajar em seu avião particular, dividindo o poder com gente que só pensava na sua evolução, nos deixando paradinhos, nos dando zero, colocando em nós mascara de abandonados, nos atropelando na avenida, com seus carrões cheios de dinheiros, por sinal, nosso dinheiro!
Se este líder surgirá não sabemos, se nossa harmonia se afinará novamente, não sabemos o que devemos saber todos os dias é que ainda assim, mesmo sem ter em quem se inspirar, devemos seguir em frente, devemos olhar para um lado e para o outro e atravessar esta avenida fria e vazia, como carro alegórico que quebra, mas vai até o fim, pois de onde estamos, do meio da avenida, é impossível voltar!
Sejamos de fato Brasileiros, que não desistamos nunca!!!!
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
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